A realização do Carnaval de Salvador em 2022 dependeria de
uma cobertura vacinal de 90% da população da capital baiana imunizada com ao
menos duas doses, além da redução do número de casos e óbitos pela covid-19.
A estimativa foi apresentada nesta terça-feira (23) pelo
Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz-Bahia) durante audiência pública da Câmara Municipal
que debateu a possibilidade de realização da festa. Atualmente, apenas 72% da
população está totalmente protegida na capital. As informações são do Correio 24 horas.
“A primeira questão é que tudo dependerá do cenário no
período que antecede o Carnaval, a partir de janeiro. Embora o cenário no
Brasil esteja melhorando, não temos nenhuma garantia de que irá permanecer do
mesmo modo, como está ocorrendo agora na Europa. Há ainda muitas incertezas e
tudo dependerá da evolução da pandemia nos próximos meses”, diz a Carta, que
cita as festas de fim ano como termômetro para a pandemia.
O documento segue afirmando que a orientação tem sido de
vacinar 80% da população para que haja segurança, mas que eventos como o
Carnaval exigem ainda mais cuidados, considerando que “é um evento de massa,
com muitas aglomerações e circulação de pessoas, de outros estados e países”.
Apesar das ressalvas, o Instituto acredita que anunciar a
realização da folia pode ajudar a intensificar a vacinação e disse que é
preciso exigir o passaporte da vacina, inclusive de estrangeiros.
“Neste sentido, seria importante que qualquer programação
para o carnaval, e sabemos da necessidade de uma programação antecipada,
poderia ser encarada como uma oportunidade para estimular a vacinação das
pessoas, principalmente dos jovens”, afirma.
Atualmente, a Bahia está registrando entre 400 e 500 novos
casos de Covid por dia. O dado é o mesmo desde setembro, o que tem preocupado
os especialistas. Em Salvador, 287 mil pessoas ainda não tomaram a segunda dose
e a dose de reforço.