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 De acordo dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, mais de 70% da população sergipana convive com a insegurança alimentar, seja no nível moderado ou grave. 

 O resultado da pesquisa foi divulgado nessa quarta-feira (5) pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN). Esse estudo mostra que, em lares chefiados por uma mulher preta, esse índice sobe para 91,6%. 

 Além disso, o estado possui a quarta maior taxa de insegurança alimentar entre os lares com crianças menores de 10 anos (54,6%).

 A Insegurança Alimentar é a condição em que não há acesso pleno e permanente aos alimentos. A fome representa sua forma mais grave e pode ser classificada em três fases: 
- Leve: Incerteza quanto ao acesso a alimentos em um futuro próximo e/ou quando a qualidade da alimentação já está comprometida;
- Moderada: Quantidade insuficiente de alimentos;
- Grave: Privação no consumo de alimentos e fome.

Sobre a pesquisa 
 Em sua segunda edição, o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II VIGISAN) analisa dados coletados entre novembro de 2021 e abril de 2022, a partir da realização de entrevistas em 12.745 domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e Distrito Federal.

 A Segurança Alimentar e a Insegurança Alimentar foram medidas pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia). Agora, este estudo inédito sobre a escalada da fome está à disposição de toda a sociedade.

Insegurança alimentar é problema nacional
 Em 2022, a pesquisa mostrou que a insegurança alimentar se tornou ainda mais presente entre as famílias brasileiras. O número de domicílios com moradores passando fome saltou de 9% (19,1 milhões de pessoas) para 15,5% (33,1 milhões de pessoas). São 14 milhões de novos brasileiros/as em situação de fome em pouco mais de um ano.

 Em 2021/2022, 125,2 milhões de brasileiros/as não tinham certeza se teriam o que comer no futuro próximo, limitando a qualidade ou quantidade de alimentos para as refeições diárias — um aumento de 7,2% em relação a 2020. Se comparados aos dados de 2018 (última estimativa nacional antes da pandemia de Covid-19), quando a insegurança alimentar atingia 36,7% dos lares brasileiros, o aumento chega a 60%.

 

 

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