Mais de 700 pessoas
perderam a vida em ação criminosas tipificadas como homicídios dolosos pela
Secretaria da Segurança Pública (SSP) de Sergipe, de janeiro a setembro
deste ano. Os dados foram apresentados pela pasta no final da manhã desta
terça-feira (2), durante reunião do Gabinete de Gestão Operação (CGO).
De acordo com a SSP, Sergipe registrou 740 homicídios dolosos
nos primeiros nove meses deste ano, um número 8,2% menor do que no mesmo
período de 2017, quando 806 pessoas foram assassinadas no estado. A maior parte
dos crimes (373) aconteceu no interior sergipano, enquanto 367 ocorreram na
região metropolitana de Aracaju.
No mês de setembro, a SSP contabilizou 52 homicídios no
estado, número semelhante ao registrado no ano de 2017. Na capital
sergipana, o número de casos foi de 11 e caiu pela metade em relação ao ano
anterior, quando ocorreram 22. Entre os municípios da Grande Aracaju, Nossa
Senhora do Socorro é o único com maior incidência criminal, ainda assim,
conforme o secretário João Eloy, a curva é decrescente.
“Socorro esse ano reduziu mais de 20% dos índices, ou seja,
estamos no caminho certo. Pode ter certeza que com o apoio que o governo
vem dando à Segurança Pública a tendência é reduzir ainda mais. No último
semestre em Socorro tivemos elucidação do crime em quase 100% e prisão de mais
de 30 homicidas. Isso é fruto do trabalho de integração das polícias, Denarc,
Dipol, Cope, DHPP para reduzir os índices”, disse Eloy.
Na avaliação da cúpula da SSP, apesar da redução, os números
ainda estão distantes das metas preconizadas por organismos internacionais,
como a ONU, e a orientação é fazer frente ao tráfico de drogas, raiz de quase
80% dos homicídios praticados em todo o território sergipano.
“É um trabalho que precisamos continuar fazendo, com a
presença ostensiva da PM cada vez maior, com foco principal na questão dos
homicídios. A nossa preocupação precisa ter foco no estado e em toda a cidade,
mesmo naquelas áreas que historicamente não têm delitos, não podemos permitir
que os delitos cheguem, mas as áreas em que a Força Nacional ainda está atuando,
como Zona Norte e Santa Maria, são importantes”, ressalta o comandante da PM,
coronel Marcony Cabral.
Para alcançar esse objetivo, o secretário da Segurança
anunciou a reestruturação do Departamento de Narcóticos (Denarc), que passará a
atuar de forma mais integrada com os serviços de inteligência da Polícia Civil
e Polícia Militar.
“Estamos tirando o Denarc do bairro São José [zona sul de
Aracaju] e vamos colocar em prédio próprio no conjunto Bugio [zona norte].
Estamos criando no Denarc um braço da divisão de inteligência, o Dipol, para
trabalhar com a PM e estamos colocando câmeras em todos os pontos da entrada e
saída de Aracaju e nas divisas do estado para o combate ao tráfico”,
acrescentou João Eloy.
