A novela que se tornou o
concurso público para soldado da Polícia Militar ganhou mais um capítulo nesta
quarta-feira (14). Por determinação do juiz da 1ª Vara Cível de São Cristóvão,
Manoel Costa Neto, foram suspensas as questões 87 e 88 da prova objetiva. Ao
conceder a liminar em favor de uma candidata, o magistrado também manda a banca
examinadora, responsável pela organização do certame, realize o recálculo da
nota dela, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Na ação, a candidata alega que
houve violação do edital nas duas questões que teriam abordado Direito Penal,
tema que não faria parte do conteúdo programático. Ela justificou ainda que com
a anulação das questões obteria a pontuação necessária para se classificar para
o Teste de Aptidão Física (TAF), segunda fase do concurso. Ainda segundo a
candidata, a banca examinadora indeferiu os recursos administrativos que
impetrou.
O primeiro incidente
relacionado ao concurso aconteceu com as prisões dos irmãos Hygor Ayslan, 28, e
Aylton Hytalo Oliveira de Lima, 26. Eles foram flagrados com aparelhos
celulares durante a aplicação da prova objetiva no dia 1º de julho. Além dos
dois suspeitos, outras 23 pessoas, cujas provas apresentaram erros e acertos
idênticos, foram eliminadas do concurso.
No início de agosto, o juiz
Manoel Costa Neto, atendendo a pedido de dois candidatos, determinou a
suspensão do prosseguimento do concurso por conta da suspeita de fraude. No entanto,
na semana passada, o desembargador Fernando Franco acatou recurso da
Procuradoria Geral do Estado (PGE) e autorizou a realização do TAF.
Com essa nova decisão, caso
ela não seja reformulada, as datas do Teste de Aptidão Física, marcado para
acontecer na Universidade Federal de Sergipe (UFS) nos dias 20, 21 e 22,
poderão sofrer alteração.
Da redação, AJN1
