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 O Estado de Sergipe tem cerca de R$ 7 bilhões a receber de empresas com dívidas ativas, segundo informações da Secretaria da Fazenda (Sefaz). No início desta semana, a secretaria deu início a uma operação de “Justiça Fiscal” para combater a sonegação fiscal e evitar concorrência desleal no comércio. Até o momento, 25 empresas espalhadas por 11 municípios, incluindo a capital aracajuana, foram fiscalizadas, com evidências de sonegação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
 A atuação dos auditores fiscais da Sefaz durante e operação é ostensiva, mantendo-se fixos nas empresas durante todo o expediente, desde o momento em que elas abrem, para fiscalizar o recolhimento do ICMS no ato da venda. De acordo com a assessoria de comunicação da Sefaz, enquanto não houver a quitação das dívidas dessas empresas, o regime de fiscalização permanecerá por tempo indeterminado. O valor do tributo não declarado nos últimos anos ao Governo chega a um montante de R$ 198 milhões.
 “Um valor que poderia estar nos cofres do Estado sendo utilizado na melhor prestação de serviço à população, nos investimentos de infraestrutura, obras nas rodovias, aplicações nos serviços de saúde, etc. Mas algumas das empresas já procuraram a Sefaz para tentar renegociar a dívida. Até o momento não sabemos se teve fechamento sobre a negociação em si. Elas apenas procuraram para saber quais as opções de alternativas elas têm”, acrescenta o assessor de comunicação da Sefaz, Helber Andrade.
 Segundo Helber, além da operação de Justiça Fiscal, a Sefaz suspendeu a inscrição estadual de cerca de 100 empresas por também apresentarem dívidas ativas com o montante de cerca de R$ 100 milhões.
 “É uma outra ferramenta utilizada pela Sefaz para a cobrança dessas dívidas. Impede que a empresa trabalhe no mercado sergipano, porque o comprador vai exigir nota fiscal e não vai conseguir porque a empresa está com a inscrição suspensa. Para regularizar a situação, elas devem procurar a secretaria para negociar a quitação da dívida também”, explica o assessor.
 As operações realizadas pela Sefaz a cada ano seguem com o objetivo de aumentar a arrecadação. Em 2018, a secretaria já realizou a ‘Operação Saldão’, na empresa Ricardo Eletro, outra operação de Justiça Fiscal no mês de julho, e outras da mesma realizadas nos meses de março e abril.
 De acordo com Helber, dívidas ativas estaduais em Sergipe chegam a cerca de R$ 7 bilhões das empresas. “Mais da metade desse valor possui uma dificuldade de ser recuperada, porque são empresas antigas e que não existem mais, sócios que já faleceram, ou então existem processos trabalhistas que são prioridades perante à Justiça. Somente depois disso é que os processos tributários serão julgados. O Estado terá dificuldade de receber mais da metade desse valor”, frisa.

Laís de Melo/Equipe JC


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