Ao todo, Sergipe teve 229 mortos pelas polícias Civil e Militar, colocando o estado na terceira posição da lista de policias mais letais. A taxa é de 10,4 a cada 100 mil assassinatos. O estado fica atrás do Amapá e da Bahia.
Segundo o levantamento, Itabaiana é a quinta cidade com maior proporção de mortes provocadas pelas polícias, com uma taxa de mortalidade de 28 por 100 mil habitantes, sendo que 63% do total de casos foi de autoria de policiais civis e/ou militares. Foram 29 mortes ano passado.
Já Lagarto aparece como a nona cidade com maior proporção de mortes decorrentes de intervenções policiais, a uma taxa de 18,7. No ano passado, ocorreram 19 mortes no município, sendo 54,3% pelas polícias.
O que diz a SSP?
A Secretaria da Segurança Pública de Sergipe informou, em nota, que o aumento na taxa de letalidade policial nas duas cidades se deve "aos intensos enfrentamentos a grupos organizados que atuavam há anos nessas localidades, tanto com o tráfico de drogas como de roubos de motocicletas".
Acrescentou, também, que os serviços de inteligência policial desempenharam "um papel crucial ao identificar e monitorar essas organizações criminosas" e que "a partir dessas informações, foram desencadeadas operações que resultaram em confrontos com os criminosos."
"Como resultado dessas ações, houve uma redução significativa nos índices de crimes violentos em Lagarto e Itabaiana. Registra-se uma queda notável nos casos de homicídios, latrocínios e roubos, contribuindo para a melhoria da segurança e tranquilidade das comunidades. A Secretaria da Segurança Pública reafirma seu compromisso com a redução das mortes violentas, incluindo aquelas ocorridas em situações de confronto. Nosso principal objetivo é garantir a segurança e a defesa da população, agindo sempre com base na legalidade e no respeito aos direitos humanos."
Outros dados trazidos pelo anuário em Sergipe mostram a redução de 22,1% no número de homicídios dolosos (onde há intenção de matar), de 578 em 2022 para 450 no ano passado. Além disso, a quantidade de latrocínios (roubo que resulta em morte), caiu 54,5%, na comparação entre 2022 (11 casos) e 2023 (5 casos).
G1/SE
