Os dados de desaparecidos são do Mapa de Segurança Pública, divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e mostram que em 2023 o país registrou a maior quantidade de pessoas que sumiram na comparação com os três anos anteriores. Em relação a 2020, por exemplo, os casos aumentaram quase 48%, passando de 55.680 ocorrências para 82.287.
A maior dificuldade relatada por familiares e especialistas ouvidos pela reportagem é a falta de um cadastro nacional de pessoas desaparecidas. A criação da ferramenta está prevista na lei 13.812, de 2019, no entanto, passados cinco anos o cadastro nacional ainda não foi efetivamente implementado.
Questionado sobre o tema, o Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que o cadastro nacional “está em desenvolvimento e, assim que possível, será disponibilizado ao público”. No entanto, a pasta não deu um prazo para conclusão do sistema.
Uma dor pior que a da morte. Assim descrevem as famílias que estão há anos em busca de entes queridos desaparecidos no Brasil. Para elas, a vida se torna uma pergunta sem resposta, com uma ferida que não cicatriza.
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