Na prática, qualquer dívida no cartão de crédito feita há um ano cresce cinco vezes se o consumidor não pagar a fatura no dia do vencimento.
Por exemplo, o consumidor que devia R$ 800 em janeiro do ano passado precisa desembolsar um adicional de R$ 3.370,40 para quitar o saldo devedor com a instituição financeira após um ano, totalizando uma dívida de R$ 4.170,40.
Em dezembro do ano passado, o Conselho Monetário Nacional determinou um limite de 100% para as taxas de juros do rotativo. Essa decisão entrou em vigor este ano e vale para as dívidas contraídas a partir de janeiro.
Sendo assim, com a nova norma, se a dívida for de R$ 200, por exemplo, o valor total, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 400.
Cheque especial
O cheque especial, segunda linha de crédito mais cara disponível no mercado, que está embutida na conta-corrente dos brasileiros, voltou a cair em março. Os juros médios chegaram a 127,6% ao ano, 4,5 pontos percentuais a mais do que o registrado em fevereiro.
No cheque especial, a mesma dívida do exemplo acima, mantida por um ano sem pagamento, salta para R$ 1.820,80.
As variações ocorrem diante do recente movimento de cortes seguidos da taxa básica de juros. As reduções de 0,5 ponto percentual levaram a taxa Selic a 10,75% ao ano, ante o patamar de 13,75% ao ano, que permaneceu vigente por um ano.
