Durante uma entrevista com Datena, apresentador do Brasil Urgente da TV Band, Leite foi questionado se os recursos anunciados pelo governo federal na quinta-feira, 9, seriam ‘suficientes’ para o Rio Grande do Sul. Ele destacou que, apesar de serem ‘gestos importantes do presidente Lula’, os R$ 50,9 bilhões não serão direcionados ao governo do Estado, mas para o “financiamento de empresas afetadas, empréstimos, antecipação de Bolsa Família e restituição de Imposto de Renda”.
Leite esclareceu que o dinheiro não é ‘dado’ ao governo, mas sim uma antecipação de recursos que já pertencem às pessoas. Ele enfatizou que isso não diminui a importância da medida, mas serve para ajustar as expectativas, pois alguém poderia interpretar que o dinheiro seria depositado na conta do governo para reconstrução.
Questionado se considera a ação do governo federal ‘insuficiente’, Leite disse que “há muita compreensão do presidente Lula” e reconheceu a complexidade de tomar ações em “diferentes frentes” e liberar recursos. No entanto, ele afirmou que ainda existem questões pendentes no combate à crise.
Leite explicou que o recurso é um empréstimo e que o Estado estima pelo menos R$ 19 bilhões em custos adicionais para reconstruir estradas, pontes, escolas, construir casas, equipamentos públicos e outras ações. Ele também mencionou que, embora haja boa vontade nas discussões, ainda não foi definido como isso será feito.
O governador também disse que está em diálogo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para encontrar soluções que permitam ao Rio Grande do Sul ter um “período mais longo sem o pagamento da dívida à União”. Ele reforçou que não faz sentido que o Estado, enquanto precisa pagar por infraestrutura, recursos humanos e apoio às famílias, seja cobrado pela União para o pagamento de uma dívida monumental contraída num passado distante.
