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O governo estuda aumentar dos atuais 20% para 30% a reserva de vagas para pessoas negras em concursos públicos e prevê criar subcotas para mulheres da mesma raça. A intenção é entregar um novo projeto de Lei de Cotas no serviço público ainda este ano, já que a atual legislação que trata do assunto expira em junho de 2024.

A Lei 12.990, implementada em 2014, estabeleceu que 20% das vagas oferecidas em concursos públicos federais devem ser destinadas às pessoas negras. O critério inclui os que se autodeclaram pretos e pardos, de acordo com a definição usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O próprio texto determina que a política deverá ser revisada dentro do prazo de dez anos, que será completado em 2024.

Um grupo de trabalho que envolve diversos ministérios foi criado para discutir a revisão da lei. Está em estudo também a instituição de critérios para balizar os parâmetros fenotípicos em bancas de heteroidentificação. O fenótipo está relacionado ao conjunto de traços físicos do indivíduo, como a cor da pele e os cabelos.

O processo de heteroidentificação é um procedimento utilizado para identificar a etnia/racialidade de uma pessoa, por meio da avaliação de um terceiro. O método é utilizado na maioria dos concursos, sobretudo, nas instituições federais, com o objetivo de evitar fraudes de candidatos que não poderiam utilizar as cotas raciais. 

"Entendemos que é preciso fortalecer as comissões [que fazem o processo de heteroidentificação]. Para isso, o Ministério da Educação está realizando estudos a respeito do trabalho realizado por essas comissões, além de estar em contínuo diálogo com os diferentes movimentos sociais e segmentos acadêmicos", disse à reportagem a pasta chefiada por Camilo Santana.

R7.com

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