A Organização Mundial da Saúde (OMS) deve adicionar o
adoçante aspartame à lista de substâncias cancerígenas da
entidade, segundo apuração da Reuters.
Uma pesquisa conduzida pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o
Câncer (IARC) chegou a conclusão que a substância química, utilizada em
praticamente todos os refrigerantes adoçados do planeta, como Coca-Cola Zero e
Pepsi Black, pode causar câncer em humanos.
A decisão da IARC foi finalizada no início do
mês, baseada na opinião de experts ao redor do planeta, e tem como fim
esclarecer o potencial prejuízo que o aspartame pode causar ao ser humano com
base nas pesquisas já feitas sobre o tema.
A entidade não pode definir uma quantidade
segura para consumo humano. Essa responsabilidade é estabelecida para a
convenção entre a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura) e a OMS, chamada JECFA, além de entes governamentais.
Desde 1981, a JECFA afirma que um ser humano
pode beber até 12 latas de refrigerante por dia com aspartame e ainda
assim estaria seguro.
Contudo, as novas informações podem
representar um novo risco para o aspartame e para as empresas de bebidas
adoçadas ao redor do mundo. A substância é tema de debate há anos.
A Coca-Cola do Brasil tem até uma página em
seu site para negar os males do aspartame. "O aspartame é um dos
ingredientes alimentares mais exaustivamente pesquisados no mundo, mas
entendemos que você tenha dúvidas. Aqui estão os fatos: mais de 200 estudos
científicos apoiam sua segurança", afirma a empresa de bebidas.
Em maio, a OMS já havia emitido um alerta
pedindo para que adoçantes sejam cortados da dieta humana. "Os
adoçantes sem açúcar não são fatores alimentares essenciais e não têm valor
nutricional. As pessoas devem reduzir completamente a doçura da dieta,
começando cedo na vida, para melhorar sua saúde", afirmou, à época,
Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, Francesco Branca, da OMS.
