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Sergipe tem mais de 1 milhão de pessoas em situação de insegurança alimentar, de acordo dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

Segundo o levantamento, essa insegurança ,atinge na classificação moderada e grave, cerca de 71% da população do estado. O estado tem ainda a quarta maior taxa do país, 54,6% entre os lares com menores de 10 anos em situação de insegurança alimentar.

O estudo mostra ainda que a insegurança alimentar atinge mais de 50,8% dos lares chefiados por mulheres,e quando a casa é chefiada por uma mulher preta esse índice sobe para 91,6%.

O resultado dos dados, levantados entre novembro de 2021 e abril de 2022 passado, não surpreendeu o professor da Universidade Federal de Sergipe, Kleber Oliveira, que diz que esse é um problema antigo.

"O estado tem um problema grave de falta de mobilidade social, de falta de oportunidades e me parece que a população ainda não se deu conta da profundidade do nosso problema. A gente precisa é unir governo do estado, prefeituras municipais e as universidades e as instituições de educação pra que todo mundo consiga encontrar uma saída pra isso", disse.

Para o professor, o caminho para reverter essa insegurança alimentar passa pela independência econômica da população. Além da união da sociedade e ações de gestores públicos para geração de emprego e renda.

"A falta de alimento mostra a incapacidade da gestão pública de resolver esse problema. Eu fico a pensar que existe certo interesse em manter população dependente das transferências públicas. Porque com isso se reafirma a velha política do pão e circo", destacou.

G1/SE

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