Junto com os resultados do primeiro trimestre de 2022, a Brisanet também
revelou nesta quinta-feira, 12, um contrato de cerca de R$ 230 milhões com
a Huawei para a compra
das primeiras estações rádio base (ERBs) para pilotos de 5G.
Segundo a operadora cearense, o negócio foi fechado em março, com o
montante constando no balanço do primeiro trimestre como um "adiantamento
a fornecedores". A Brisanet também sinalizou que os valores representam
a maior parte do que deverá ser investido na linha de negócio 5G ao
longo de 2022.
No leilão do ano passado, a companhia comprou licenças
regionais de 3,5 GHz no Nordeste e Centro Oeste e de 2,3 GHz no
Nordeste para habilitar a prestação do serviço de quinta geração. O início da
operação comercial deve ocorrer a partir de 2023,
mas pilotos já
estão sendo anunciados.
Investimentos
No primeiro trimestre, a Brisanet gerou receita líquida de R$ 216,9
milhões com sua operação de banda larga, que somava em março 909 mil
assinantes em 139 cidades nordestinas. O lucro no período foi de R$ 9,5
milhões.
Já os investimentos trimestrais saltaram 238,2% em um ano, impulsionados
justamente pela compra das ERBs. Considerando o imobilizado e intangível, o
capex da Brisanet ficou em R$ 484,5 milhões (com R$ 232,9 milhões
deles aplicados na expansão orgânica da companhia).
A aplicação de caixa na aquisição das ERBs também afetou o perfil de
endividamento da empresa: a dívida líquida da Brisanet saltou 742,4% em um
ano, para R$ 628,4 milhões em março. O valor é resultado da dívida bruta
(R$ 1,147 bilhão, alta de 2,2%) menos o caixa e equivalentes – que caíram 49,5%
após os investimentos em 5G e banda larga, saindo de R$ 1 bi para R$ 505
milhões.
