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 O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (10), o Projeto de Lei 1.472/2021 do senador Rogério Carvalho (PT-SE) que reduz o preço da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha. O texto, relatado pelo senador Jean Paulo Prates (PT-RN), criou uma Conta de Estabilização de Preços de Combustíveis (CEP- Combustíveis), que permite ao governo federal reduzir o impacto da variação internacional do preço do petróleo no mercado nacional.

 O senador Rogério comemorou a aprovação e disse que esse é um primeiro passo para regatar o caráter público da Petrobrás e continua o debate.

 “O povo brasileiro não pode pagar este preço pra garantir o ganho de poucos acionistas e de alguns acionistas que vivem nesse mercado de petróleo, gás e derivados, no Brasil. Com essa política só quem leva um pequeno setor. Toda sociedade está submetida, inclusive a economia, a um risco de reindexação, que é o pior dos mundos, ainda por cima em um momento de depressão econômica que nós estamos”, explicitou.

 O texto aprovado não criará qualquer tipo de sistema de congelamento de preços. Segundo o senador sergipano, para evitar o impacto da variação internacional dos preços de combustíveis, a CEP- Combustíveis funcionará a partir de uma banda de preços, estabelecendo limite superior e inferior de variação.

 “Não há nenhum mecanismo de congelamento ou de controle e preços. O texto aprovado reformula a política de preços de combustíveis, criando uma conta de estabilização que utiliza bandas móveis, reduzindo a volatilidade na variação dos preços. Chile e Peru têm experiências bem-sucedidas nesse sentido”, afirma.

 Isso significa que a diferença entre o limite superior e o preço de referência, a ser definido por uma regulamentação do governo federal, seria compensado pelo programa de estabilização como meio de conter a subida dos preços. Por outro lado, em momentos de baixa dos preços, o programa acumularia recursos que poderiam ser utilizados quando a situação se inverter.

 O parlamentar petista destaca, ainda, a inoperância do governo Bolsonaro em propor soluções para o preço abusivo dos combustíveis no Brasil.

 “Pelo governo Bolsonaro não haveria qualquer tipo de ação para reduzir o impacto do preço escorchante dos combustíveis, eles não propuseram nada. Foi preciso uma iniciativa nossa, uma ação do Congresso Nacional, para avançarmos. Como sempre, quem ficou do lado do povo foi o PT”, disse.

Dividendos de acionistas privados

 O senador Rogério também teve aprovada uma emenda que permite que, em 2022, de forma extraordinária a Petrobras possa adotar medidas, como utilizar o lucro dos acionistas privados, para diminuir os impactos do preço internacional do petróleo, que tem subido em razão da guerra na Ucrânia.

“Para fazer frente à política escorchante da Petrobras de distribuir 95% dos lucros de 2021 como dividendos aos acionistas, descumprindo orientação prevista na lei das estatais e às custas do sofrimento do povo brasileiro, apresentamos uma última emenda que propõe à empresa medidas voltadas a mitigar os impactos da volatilidade dos preços com o uso, por exemplo, desses dividendos”, explicou.

O texto aprovado passará para avaliação da Câmara dos Deputados.

Por Assessoria

 

 

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