A médica cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar, que havia sido
convidada para ser ministra da Saúde, mas teve o nome rejeitado pelo presidente
Jair Bolsonaro (PL), por defender a vacinação da população contra a Covid-19,
faz um alerta: “em uma semana os sistemas de saúde deverão entrar em colapso no
Brasil”.
A afirmação da profissional de saúde se dá em razão do ritmo acelerado
de transmissão da Covid-19 pela variante ômicron.
“O número de infecções aumentará mais ainda nos ambulatórios e provavelmente
faltarão mais profissionais da saúde no combate. A maioria dos médicos e
enfermeiros foi imunizada com duas doses da CoronaVac e reforço da Pfizer. A
CoronaVac foi importantíssima no início, frente a inexistência de outras. Mas
ela não protege como as outras em relação a novas variantes”, explica a médica
em entrevista ao jornal O Globo.
Ainda, segundo Ludhmila Hajjar, muitas pessoas serão infectadas pelo
vírus, porém os sintomas serão mais brandos para quem já está imunizado.
“Muitos de nós seremos infectados. De uma forma mais branda em relação
ao que se viu há um ano, quando não havia imunizantes no Brasil. Mesmo assim,
seremos afastados. Só na minha área do Hospital das Clínicas, de São Paulo, por
exemplo, temos 56 profissionais afastados”, conclui a especialista.