O número de mortes provocadas pelo vírus Influenza A H3N2
já chega a 26 casos. O número foi confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde
(SES). A quantidade de óbitos e o aumento exponencial ampliam o alerta para o
surto de gripe, que tem além das mortes, tem provocado também a superlotação de
unidades de saúde e hospitais em todo o estado.
Os casos de óbitos identificados, até a terça-feira, 4,
ocorreram em 15 municípios: Aracaju (06), Itabaianinha (03), Estância (02),
Tobias Barreto (02), Tomar do Geru (02), Umbaúba (02), Arauá (01), Barra dos
Coqueiros (01), Carmópolis (01), Indiaroba (01), Itaporanga d’Ajuda (01),
Japaratuba (01), Nossa Senhora do Socorro (01), Porto da Folha (01) e São
Domingos (01).
Segundo o Alerta Epidemiológico elaborado pela SES, foi
confirmada a circulação de Influenza A em 49 municípios sergipanos. Ao total
foram identificadas 691 amostras positivas, sendo 655 Influenza A H3N2 e 36
Influenza A não subtipado. Estas últimas foram enviadas para a Fiocruz para
subtipagem.
Ainda de acordo com o Alerta, foram confirmados 26 óbitos
da gripe Influenza A H3N2 em Sergipe. Diante do aumento exponencial de casos, a
orientação é que a população deve continuar com os cuidados preventivos contra
o vírus que tem se espalhado por todo o Estado. O uso de máscara, a
higienização das mãos e superfícies e manter o distanciamento social são
atitudes que evitam o contágio.
A média de idade entre os casos que evoluíram para óbito
foi de 74,2 anos, sendo 50% de cada sexo. Entre esses óbitos, 80,6% (21) apresentavam
faixa etária de 60 anos e mais . Além disso, todos os óbitos estavam associados
a pelo menos um fator de risco para gravidade em casos de influenza, como
doença cardiovascular crônica, diabete mellitus, hipertensão arterial,
tuberculose pulmonar, bronquite asmática, pneumopatias crônicas, entre outras.
Embora o vírus influenza seja de alta transmissibilidade, a
maior parte dos casos apresenta evolução benigna com a utilização de
medicamentos sintomáticos. Dessa forma, a Secretaria orienta a população que
apresenta a síndrome gripal leve, a procurar atendimento nas Unidades Básicas
de Saúde, permitindo que os casos de síndrome respiratória aguda grave, sejam
tratados nas unidades hospitalares.