O governador Rui Costa (PT) bateu o martelo e anunciou que está descartada a realização do Carnaval da Bahia no próximo ano. O anúncio foi feito em conversa com jornalistas na manhã desta quinta-feira (23) na inauguração da reforma da emergência do Hospital Roberto Santos, em Salvador.
"Se no início de dezembro estava difícil de fazer o Carnaval, agora ficou impossível. Sou responsável e eu não autorizaria o Carnaval nestas condições", disse ao tempo que arrancou aplausos dos presentes no ato.
O fato destacado pelo governador foi o momento ainda de pandemia contra o coronvírus e a busca pela prevenção para a população.
"Vamos devagar que o santo é de barro. Vários países da Europa está com novas medidas mais rigorosas, suspendendo aulas, aumentando rigor de circulacão de pessoas. Não faz sentido a gente jogar todo esforço feito, comerciantes, trabalhadores de saúde, jogar esse esforço fora", completou.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), espera um encontro formal com o governador para poder fazer o anúncio oficial sobre a folia de momo na Capital. Apesar de já ter protocolado o pedido, o encontro, até então, ainda não ocorreu.
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Nos bastidores políticos e no trade do Carnaval a realização da festa já era tida como descartada. Os atores privados devem centrar fogo nas festas fechadas no período da folia de Momo.
Rui já havia dado declarações que não tinha pressa para resolver o caso. Entendia que a pressão surgia pelos empresários. Que se fosse fazer Carnaval para o povo na rua em um mês organizaria a festa.
O avanço da variante ômicron do coronavírus em regiões como África e Europa acederam o sinal amarelo sobre promover um evento com grande aglomeração, característica da festa de rua soteropolitana.
O prefeito de Salvador, inclusive, cancelou o Festival da Virada, que aconteceria no final deste ano.
OUTRO MODELO - A prefeitura está preparando um plano para atender os foliões que não têm recursos para, por exemplo, ir a eventos cujos ingressos custam, no mínimo, R$ 100, que é o que se tem visto na capital baiana.