Muitos consumidores pelo país vivem a
expectativa da redução no preço da gasolina nesta semana, após o anúncio da
Petrobras de queda no preço do combustível vendido para as refinarias em 3%. Em
Sergipe, no entanto, não há clima para tanto otimismo. É que o combustível que
abastece o estado sergipano vem da refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada
na Bahia, que acabou de ser comprada e assumida pelo grupo árabe Mubadala
Capital.
Sob nova jurisdição, a refinaria deixa de
seguir os preços praticados pela Petrobras e passam a fazer parte do mercado
privado, com prática de preços livres e à mercê do grupo proprietário das
instalações. A refinaria da Bahia, que corresponde a 14% do processamento de
combustível do país, é a primeira a ser vendida de um grupo de oito grandes
instalações de refino da Petrobras que estão à disposição do capital privado.
Até o momento, o grupo árabe ainda não cedeu
ao reajuste da Petrobras, portanto os preços para as distribuidoras atendidas
pela refinaria continua o mesmo, incluindo a distribuidora do município de
Laranjeiras, responsável pelo abastecimento dos postos revendedores de
combustíveis em Sergipe.
Para o secretário-executivo do O Sindicato do
Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese),
Maurício Cotrim, será necessário esperar os próximos dias para entender o
comportamento dos novos administradores da refinaria Landulpho Alves (RLAM).
“Em Sergipe fomos pego de surpresa com essa
informação. Agora ela (RLAM) é uma refinaria de política independente, mercado
aberto, e não sabemos se o grupo árabe vai adotar as mesmas políticas da
Petrobras. O preço anunciado pela Petrobras passa a ser operado amanhã, então
tanto o revendedor como o consumidor em Sergipe, vai ter que esperar os preços
que serão praticados para as distribuidoras”, explica.