O mês de agosto mal começou e
o consumidor já precisará preparar o bolso para mais um aumento no preço dos
combustíveis. Dessa vez, a alta dos preços não está atrelada a cotação do
petróleo no mercado internacional, mas com os reajustes do Preço Médio
Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) dos combustíveis (base de cálculo para o
ICMS) na maioria dos estados do país, a partir do primeiro dia do mês.
Para a primeira quinzena de
agosto, o PMPF terá aumento de custo na maioria dos estados e no Distrito
Federal. Na Bahia, por exemplo, o valor base de cálculo da gasolina,
passou de R$ 5,6410 para R$ 6,0440, reajuste de R$ 0,4030/litro, que poderá
incidir em aumento no custo do produto para o posto revendedor de,
aproximadamente, R$ 0,11/litro (28% de R$ 0,4030).
A Federação Nacional do
Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), que representa
cerca de 41.000 postos revendedores de combustíveis do país, lembra que o
mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada elo da
cadeia repassar ou não os custos ao consumidor. Em nota, a Fecombustíveis fez
questão de esclarecer a situação, para que o revendedor varejista, agente mais
visível da cadeia, não seja responsabilizado, exclusivamente, por elevações de
preços e/ou de impostos ocorridas em etapas anteriores da cadeia.
Alternativas
O jornalista e motorista de
aplicativo Pedro Henrique Marinho Gonçalves,34, roda uma média de 190 km e
colocava, diariamente, R$100,00 de combustível, mas percebeu que, com as
constantes altas no valor de combustível, estava ficando inviável se manter no
negócio. “Investi quase R$ 4 mil num kit gás para o carro e, hoje, invisto
R$50,00 no gás para fazer a mesma quilometragem. A gasolina inviabiliza a vida
de quem vive de corridas, afinal, não houve reajuste para o motorista no valor
das corridas do aplicativo. Eu já cheguei em casa, ao final de um dia de
trabalho e, acredite, tive apenas R$5,00 de lucro”, conta Pedro.
