Dos nove presídios sergipanos, sete têm o body scan (scanner corporal) que faz a revista dos visitantes dos presos por meio de um potente equipamento de raio X sem a necessidade da revista “vexatória”, ou “revista íntima”, em que o familiar precisa ficar desnudo e ser revistado por um agente prisional.
Os equipamentos estão nas unidades localizadas nos municípios de: Tobias Barreto, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e mais recentemente, na cidade de Nossa Senhora da Glória. A ação faz parte do pacote de aquisição prevista no plano de aplicação de 2016. Tem scanner também em três presídios do regime de cogestão: no bairro Santa Maria (Aracaju), Estância e Areia Branca.
O o secretário de Justiça, Cristiano Barreto, disse que o scan é um aparelho moderno, de baixa radiação, e que vai nos trazer um conforto, tanto para os guardas e agentes prisionais quanto para os visitantes.
Ontem, 17, a comissão de fiscalização do Conselho Gestor do Fundo Penitenciário do Estado de Sergipe da Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa ao Consumidor (Sejuc), visitou o Presídio Regional Senador Leite Neto (Preslen) em Nossa Senhora da Glória, para verificar o funcionamento do quarto aparelho de scanner corporal adquirido com a verba do Fundo Penitenciário.
A compra e instalação do aparelho é um investimento da ordem de R$ 2.824 milhões onde foram adquiridos quatro novos aparelhos de body scan. Segundo o secretário , a chegada da nova aparelhagem ao sistema penitenciário garante que a Secretaria cumpra a lei de execuções penais e que ponha um fim as revistas vexatórias. “É um ato mais complementar e que garante, através de mais um equipamento eletrônico, a não entrada de materiais ilícitos dentro das unidades e o cumprimento das solicitações sobre as revistas vexatórias”.
Bruno Oliveira, técnico de eletrotécnica da Reconse, empresa responsável pela instalação do aparelho, explicou que o equipamento faz uma dosagem de cada pessoa, sendo assim necessário o cadastramento do visitante que será revistado, para que o equipamento possa fazer o cálculo de quantas vezes a pessoa já passou pelo aparelho e o quanto de raio X ela já foi exposta. Existe um limite anual de 500 microsilvers que representa metade do limite estabelecido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM) que é de 1 mil microsilvers” explica. Ainda, segundo ele, todas as pessoas estão aptas a serem revistadas pelo aparelho, incluindo grávidas e crianças.
Com informações da Ascom Sejuc
