Somente nos primeiros três
meses de 2018 foram registrados 76 casos de conjuntivite atendidos no Hospital
de Urgência de Sergipe (HUSE). A informação foi divulgada nessa quarta-feira,
18, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). A conjuntivite é uma inflamação
ocular reconhecidamente comum, mas quando durar mais de quatro dias o
médico especialista deverá ser procurado. De acordo com o oftalmologista
do Huse, Carlos Augusto de Oliveira, a doença pode complicar e causar
inflamações na córnea. “Alguns cuidados são necessários como coçar os olhos e
com uma certa frequência estar lavando as mãos e usando álcool em gel, isso
elimina boa parte dos agentes que podem contaminar e trazer um quadro de
conjuntivite aguda”, explicou o profissional.
Ele ressalta ainda que a conjuntivite é uma
doença que sempre vai existir em qualquer época do ano, porém, existem períodos
em que ela se torna epidêmica. “Um surto ocorre em determinada área e em
determinada população mas, com o passar do tempo e com as medidas de controle,
a tendência é que ela seja debelada até porque os agentes que provocam a
conjuntivite tem um tempo de vida com ou sem tratamento, lógico que com o
tratamento você consegue abreviar o curso da doença e trazer um alívio mais
rápido para o paciente”, disse.
A melhor forma de se prevenir
a conjuntivite é lavando as mãos com frequência e ficar longe de pessoas
contaminadas.
O especialista alertou sobre
os cuidados que devem ser adotados não só para evitar a conjuntivite, mas
também outra doença que é frequente e que age de forma silenciosa: o glaucoma.
“Com a exigência da receita médica as pessoas pararam mais de se automedicar.
Um alerta que eu faço é com a visita anual ao oftalmologista, nem todas as
doenças têm sinais e sintomas, um exemplo é o glaucoma que é uma alteração nos
olhos. Normalmente tem um caráter hereditário em que por uma mal formação do
olho, que é o chamado glaucoma crônico simples a drenagem não é realizada a
contento, provocando um acumulo gradativo desse líquido no olho aumentando a
pressão intraocular, comprimindo o nervo ótico e levando gradativamente a perda
de visão”, enfatizou.
