O ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por 60 dias as investigações
sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no âmbito de um inquérito que apura
“maquiagem” de informações prestadas pelo Banco Rural à CPMI dos Correios.
Gilmar também determinou que o inquérito contra o senador seja encaminhado à
Polícia Federal para a realização de diligências.
“Tendo em vista que há
diligências pendentes (…), defiro a prorrogação de prazo, nos termos
requeridos. Ante o exposto, determino o prosseguimento das investigações,
deferindo o prazo de sessenta dias para conclusão das investigações”,
determinou o ministro, em decisão assinada no dia 13 de abril.
O inquérito foi instaurado com
base na delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (MS). O delegado de
Polícia Federal Heliel Jefferson Martins havia pedido a prorrogação do prazo
para a conclusão das investigações, já que aguarda o retorno de duas cartas
precatórias (quando há pedido de informações envolvendo instâncias judiciais
distintas) para apresentar o relatório final.
Procurada pela reportagem, a
assessoria do senador informou que “prorrogações são medidas rotineiras em
inquéritos” e que “quanto mais profunda e isenta for a investigação, mais
clareza haverá de que o senador não tem qualquer relação com os fatos
investigados”.
