Acabou o mistério. O
governador Jackson Barreto (MDB), do alto dos seus 72 anos, confidenciou a
pessoas próximas que não vai se aposentar da vida pública, como muitos torciam,
e que será candidato a uma das duas vagas ao Senado nas eleições de outubro,
cargo político que ele nunca ocupou. Procurada, a Secretaria de Estado da
Comunicação (Secom) confirmou a intenção do mandatário, que deve oficializar
sua pré-candidatura em breve.
A notícia provocou um maremoto nos corredores
da política sergipana, isso porque Jackson, natural de Santa Rosa de Lima,
deixou seus aliados políticos com uma vaga a menos na costura da chapa
majoritária, altamente disputada na formação de um elo sólido, cujos nomes
ainda estão num papel rabiscados a grafite e podem ser apagados pela borracha
do governador a qualquer momento.
Se ele causou alvoroço entre seus
aliados, o que dizer da oposição, que esperava ver Jackson viajando pelo
Caribe em 2019, curtindo a velhice, como tem de ser, e não ativo, com chances
reais de se tornar senador e tomar a vaga de um dos postulantes oposicionistas.
Com essa decisão, o governador possivelmente
deixará o cargo já em meados do mês de março, para se dedicar à campanha. Em
seu lugar, assume o vice, o pré-candidato ao governo Baelivaldo Chagas (MDB). O
prazo para desincompatibilização de candidatos que ocupam cargos públicos, como
manda o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é até o dia 7 de abril.
AJN1
